Vendido e entregue por ARTCLUB SHOP
Informações da loja parceira
Lojista Magalu desde 2021
+20mil
Produtos vendidos
Entrega
Atrasos pontuais
Atendimento
Responde rápido
Sobre a reputação da loja
A nota de reputação refere-se a vários critérios na experiência de compra oferecida aos clientes. Saiba o que levamos a consideração.
Pedidos que foram despachados e entregues no prazo previsto.
Total de cancelamentos de pedidos solicitados pelos clientes ou por essa loja por diferentes motivos: falta de peças, produto com avarias, produto diferente ou pelo recebimento fora do prazo.
Avalia o tempo que a loja leva para responder aos clientes nos canais de atendimento: Protocolo, Chat com o Cliente e Perguntas e Respostas
Este produto é vendido por um lojista parceiro e o Magalu garante a entrega. Nossos parceiros são selecionados e avaliados por critérios de excelência no serviço. Certificamos as vendas com nota fiscal e garantimos produtos originais. Se tem no Magalu, tá garantido!
CNPJ
71.239.941/0001-20
Razão Social
Artclub Shop Ltda
Endereço
AV PAULO LINCOLN DO VALLE PONTIN, 197JACANA - SAO PAULO/SP02273-010
R$ 69,00
R$ 61,41
no PixEntrega e compra garantida
Produto vendido e entregue por loja parceira
Política de trocas e devoluções
Devolução gratuita para produtos vendidos e entregues por lojas parceiras
Devolva seu produto em até 7 dias do recebimento.
Para devolver o produto consulte:
Políticas de trocas e devoluçõesCódigo ajg37596j8
Como pensar o pertencimento, isto é, nosso modo de estar no mundo, quando uma história familiar de migração perturba a relação com o lugar em que nascemos? Que passado nos pertence quando a cartografia das origens se dispersa? Que língua nos expressa quando as vozes do entorno se diversificam? Que cultura nos identifica quando as tradições se tornam plurais e persistem alheias ao território?
Sem pretender respostas definitivas, em O país que agora chamavam de seu, o escritor argentino Saúl Sosnowski indaga sobre a singularidade dessa experiencia. Com uma escrita aprazível, de ritmo pausado e emoção contida, o romance — que deixa transparecer um viés autobiográfico — acompanha o processo pelo qual o personagem principal tenta reconstruir uma memória familiar disgregada pelas escolhas individuais de migração, mas também e sobretudo pelas guerras e os conflitos políticos que, no século XX, desviaram os destinos dos sujeitos e dos povos. Adensada pela diáspora ancestral do povo judeu, essa memória familiar um tanto esquiva só pode vislumbrar-se de forma fragmentária nos discretos relatos dos que migraram da Europa para América Latina ou algum outro destino, na peculiar economia que marca o uso quotidiano de mais de uma língua (idish, hebraico, espanhol ou polonês), na persistência de rituais domésticos e comunitários que singularizam uma cultura ou, ainda, na sobrevida de alguns poucos objetos que resistiram aos deslocamentos e as perdas. Trata-se, portanto, de uma memória familiar dispersa que, embora não impeça a continuidade da vida no novo território, persiste como resto nas sucessivas gerações e insiste em marcar, como diz Jean-Luc Nancy, que o estrangeiro é aquele que não cessa de chegar.
Sabemos que o deslocamento, sob qualquer uma de suas figuras (viagem, exílio, diáspora, nomadismo, etc.), alimentou o imaginário da literatura ao longo dos tempos, no entanto, é possível afirmar que a experiência histórica do século XX, marcada pela violência das guerras e as intolerâncias de diferente ordem, demandou das escrituras ligadas ao trânsito uma indagação ética sobre a relação com o outro que trabalhasse em favor da coexistência plural das culturas. A essa linhagem literária filia-se esse último romance de Sosnowski que, embora no seu gesto memorialístico permita suspeitar dos vínculos com a vida do autor, não deixa de se abrir à especulação ficcional acerca de um mundo que, não necessariamente sem tensões, coloque em valor as experiências fundadas no contraponto cultural.
Ana Cecilia Olmos
Sobre o autor
Reconhecido e premiado por seus trabalhos acadêmicos, Saúl Sosnowski (Buenos Aires, 1945) publicou livros sobre Cortázar, Borges e a Cabala (Perspectiva), escritores judeus-argentinos, fascismo e nazismo nas letras argentinas e ensaios reunidos em Cartografía de las letras hispanoamericanas: tejidos de la memoria (Prêmio “Ezequiel Martínez Estrada”, Casa de las Américas); editou ou coeditou 17 volumes e é autor, também, de quase uma centena de artigos. Professor de Literatura e Cultura Latino-Americana na Universidade de Maryland, College Park, durante uma década (1984-1994) dirigiu uma série de conferências internacionais sobre “La represión de la cultura y su reconstrucción en el Cono Sur” [“A repressão da cultura e sua reconstrução no Cone Sul”], que deram lugar a 5 volumes publicados em Buenos Aires, Montevidéu, São Paulo, Santiago e Assunção. Em 1995, lançou o projeto “Una cultura para la democracia en América Latina” [“Uma cultura para a democracia na América Latina”] que gerou seminários e publicações na Argentina e no Brasil. Professor visitante em vários países, recebeu distinções de diversas instituições acadêmicas.
Suas publicações mais recentes incluem Rugido que toda palabra encubre (2017, poesia) e os romances Decir Berlín, decir Buenos Aires (2020) e O país que agora chamavam de seu (2021), editados em um volume como Estación del encuentro (2023).
Em 1972, fundou e desde então dirige a prestigiosa revista de literatura, Hispamérica, que recentemente celebrou seus primeiros 50 anos de publicação ininterrupta.
Informações da loja
Lojista Magalu desde 2021
+20mil
Produtos vendidos
Entrega
Atrasos pontuais
Atendimento
Responde rápido